domingo, 24 de julho de 2011

A DITADURA DO URGENTE - “A incapacidade de gerir prioridades pode provocar perdas e custos avultados”


Todos os dias ao abrir o e-mail é comum recebermos pedidos urgentes, desde orçamentos, cotações, pedidos de informação, vistorias e até mesmo reuniões. 

É igualmente comum sermos pressionados pela nossa equipa de vendas, no sentido de dar respostas imediatas e por vezes para aceitar serviços com prazos incomportáveis, provocando transtornos significativos no planeamento das tarefas e no calendário previsto para os trabalhos.

Isto leva-me a pensar que a informatização e introdução de tecnologias nos processos de trabalho, em vez de terem resultado num agilizar de todos os processos, têm provocado um desapego na tarefa de planear.

É fácil pedirmos algo urgente, porque queremos ver se é exequível ou não para determinado projecto e até mesmo para parecermos bem junto da nossa administração ou gerência, sem demonstrar qualquer respeito pelo trabalho das restantes empresas.

Temo de ter a noção que os pedidos urgentes levam a quebras tremendas no poder negocial, provocando um incremento nos custos de produção e consequente quebras nas margens.



Tudo isto para satisfazer um requinte de determinado cliente, que julga que pela conjuntura actual todas as empresas têm de trabalhar em função das suas acções e necessidades.

É fundamental, que as empresas, efectuem uma triagem do que é realmente prioritário, para isso é necessário desprenderem-se da ansiedade da venda e pararem para pensar o que é realmente importante para a continuidade e suporte do negócio.

É importante sermos realistas, atribuindo prazos reais para a execução dos trabalhos, pois ao atribuirmos um prazo para determinado trabalho que não será cumprido este irá provocar o descontentamento e a quebra de confiança por parte do cliente.

Não interessa, ter 1000 propostas por ano, se apenas 50 serão adjudicadas, é importante efectuar uma triagem das propostas que realmente poderão gerar retorno efectivo para a empresa.


Desta forma seremos mais eficientes e conseguiremos reduzir os nossos custos e os nossos prazos de resposta efectiva aos pedidos dos nossos clientes.









domingo, 10 de julho de 2011

OS VENDEDORES DE SONHOS - “Não existem pílulas nem poções milagrosas para o sucesso!”


É notável como em pouco tempo começaram a surgir empresas que oferecem aos empresários soluções milagrosas para o sucesso, disponibilizando um conjunto de remédios e poções, criando grupos de trabalho fechados, com empresários, apelando à partilha de experiências mas apenas os elementos desse mesmo grupo, oferecendo workshops, com a duração de uma hora e meia, com o intuito de vender um determinado serviço empacotado por uma determinada multinacional norte americana, com conceitos e metodologias que fogem à nossa realidade.

Existem sem dúvida alguns pressupostos que têm uma base concreta, que deverá ser seguida, mas não de uma forma errática, sim de uma forma adaptativa, exemplo disso mesmo é a criação dos chamados grupos ou clubes de empresas, estes são tão-somente uma subversão do conceito de Networking ou de uma estratégia cooperativa, algo que é praticado nos mais variados países há diversos anos, vejam o exemplo de Espanha e o seu cooperativismo, nos mais variados sectores, optimização da capacidade tecnológica, know How, força de vendas, permitindo um poder negocial completamente distinto.

O sucesso das nossas empresas, passa pelo empenho dos empresários em profissionalizarem a sua forma de gerir, utilizando os recursos que estão disponíveis para todas as actividades que são fulcrais e fundamentais para o sucesso, sendo que as mesmas exigem um maior controlo a nível qualitativo e nas actividades acessórias o recurso ao outsourcing de forma a reduzir os custos fixos e permitir que a empresa mantenha uma estrutura adequada ao nível do mercado onde se encontra inserido.

É aconselhável aos empresários recorrerem a serviços de consultoria em áreas onde estes não se sintam confortáveis, até porque através destes, poderão aproveitar o conhecimento adquirido por estes ao longo dos anos de prática da actividade, no entanto é importante separarem o trigo do joio e de alguns oportunistas que aproveitam a fragilidade de algumas empresas e sectores, para disponibilizarem as famosas pílulas do sucesso, com promessas de resultados que na maioria dos casos não serão alcançáveis.

Recordo mais uma vez que na conjuntura actual é fundamental revermos os nossos sistemas e os nossos métodos, pois eles simplesmente não existiam, era tão fácil colocar o nosso produto no mercado, que descuramos o nosso próprio profissionalismo e a eficiência do nosso serviço e das nossas equipas.